Vivemos em um mundo caótico, alucinado, com estímulos excessivos.
Amanhecemos angustiados, repletos de preocupação com a agenda do dia. Assuntos
para serem resolvidos, reuniões, competições, e nós no meio do tornado da vida
que criamos sem saber como fazer para sair do seu núcleo e poder respirar.
A vida pede passagem!
Precisamos criar o hábito de silenciar, e como não
conseguimos silenciar o mundo externo, podemos fazê-lo no nosso interno. Claro
que, se temos oportunidade de nos ausentarmos do barulho dos grandes centros, é
ótimo, mas precisamos silenciar nosso mundo interno, ouvir o som do nosso
coração, ouvir os ecos do nosso Eu interior, ouvir o que nosso corpo e nossa
mente tem a nos dizer.
Muitos não conseguem silenciar por simplesmente não conseguir
ficar só consigo mesmo e o que pode justificar isso é que quando nos isolamos e
silenciamos entramos em contato, criamos conexão conosco e nos deparamos com
tudo o que temos de desorganizado no nosso interno. Nossas dores, nossas
angustias, nossas memórias que muitas vezes nos remetem ao fracasso, à dor do
que passamos ou que vivemos e à solidão que sempre camuflamos para conseguirmos
continuar vivendo e alimentando nosso ego com a ilusão de sermos populares e
sociáveis.
Não falo aqui de um isolamento total, visto o ser humano não
estar preparado para viver em completo e permanente isolamento. Isso é algo para o qual o cérebro não está
preparado, algo que vai contra a nossa natureza, a nossa programação genética:
afinal, somos seres sociais que precisam se conectar com seu ambiente mais
próximo, e quando não temos nenhum estímulo, simplesmente entramos em pânico.
Um exemplo impressionante é, sem dúvida, a câmara
anecoica dos Laboratórios Orfield, em Minneapolis, nos Estados Unidos. É um
espaço onde diversas empresas estudam o som de seus produtos: telefones,
motocicletas, máquinas de lavar roupa… é uma sala ultra silenciosa onde 99,99%
do ruído é absorvido pelas paredes de aço e fibra de vidro, e onde costumam ser
realizados inúmeros experimentos psicológicos.
Verificou-se que, em média, ninguém conseguiu estar na câmara
anecoica por mais de meia hora. As pessoas muitas vezes saem desesperadas e entram
em pânico por não poder resistir a um silêncio tão oco, sufocante e vazio.
Precisamos hoje sim silenciarmos nosso mundo interno e para
isso é necessário reduzirmos o número exorbitante de estímulos que recebemos do
mundo externo, controlando melhor e se possível diminuir o tempo de uso de
computadores e celulares. Precisamos simplificar a vida, eliminar o sentimento
de obrigação diante de tudo e permanecer somente com o essencial.
Os cientistas nos dizem que os momentos de solidão bem
distribuídos ao longo do dia são como “descargas elétricas” capazes de nos
reiniciar, de nos permitir recuperar energia, o sentido e a inspiração.
Fique em silêncio, cultive o seu próprio poder interno.
Respeite a vida de tudo o que existe no mundo. Não force, manipule ou controle
o próximo. Converta-se no seu próprio Mestre e deixe os demais serem o que têm
a capacidade de ser.
O Reiki e os óleos essenciais nos ajudam a estabelecer esta
conexão com nosso mundo interno, conseguindo atingir o silencio que
necessitamos para nossa cura.
Sálvia Dalmaciana, Camomila Romana, Vetiver, Tanaceto Azul,
Mirra, Olíbano são apenas alguns dos muitos óleos da aromaterapia que nos levam
a esta conexão.
Adriana Rampin
Terapeuta
Integrativa

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